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CONHECENDO NOSSA HISTÓRIA

 

Fabrício Fernandes e Rodrigo Camargo depois da participação de muitas provas de moutain Bike queriam que Tatuí também fosse sede de uma competição.

 

A idéia era clara mas faltava um empurrãozinho pra se tornar realidade, foi quando o Edson Xavier da Trivela Eventos em setembro de 2016 disse - " não entendo nada de provas de MTB, mas se vocês cuidarem da prova em si, o evento deixa comigo."

Bastou para em 3 meses realizarem a 1° Ecobiker XCM em 4 de dezembro de 2016. O Centro Hípico Tatuí adotou a idéia e disponibilizou a maravilhosa estrutura para sediar o evento. 

 

Enquanto o Rodrigo colocava  a estrutura da Nesh e toda sua experiência em propaganda do evento, Fabricio cuidava de desenhar o percurso das categorias Sport e Pró e sua teimosia em não usar estradas e rodovias asfaltadas levou a criar caminhos no pasto e na margem do Rio Tatuí para levar os atletas até as estradas rurais.

Nasciam aí os primeiros trechos do futuro Circuito Cross Country - C3 Castanheiro.

 

Na época, em dezembro de 2016, as chuvas impediram que algumas partes destes trechos fossem usados no dia da prova XCM Ecobiker.

O evento foi um tremendo  sucesso com a presença de quase 300 atletas representando mais de 40 cidades.

 

Ficava claro que teriam que dar continuidade ao projeto e repetir a prova no próximo ano. Interessante também seria aproveitar todo aquele terreno para desenhar um circuito para uma prova de MTB XCO. 

 

Fabrício já tinha o circuito desenhado na cabeça. Muitas caminhadas e corridas pelo pasto e se embrenhando por dentro da mata foram dando forma e confiança para a construção da pista.

 

O primeiro seguimento criado foi a   Trilha do Brejo que mais tarde, devido ao trabalho de um servente com apelido de Sorveteiro, ganhou novo nome passando a ser chamada "Trilha do Sorveteiro".

Boa parte deste Single track de 400 m já era uma picada no meio da  mata onde o pisoteio de cavalos e vacas havia demarcado o caminho. O desafio era transpor o pântano lamacento, que foi solucionado com a construção da passarela com 12 paletes de madeira. Estes paletes foram por duas vezes "varridos" pela correnteza de enxurradas, mais tarde, amarrados à estacas cravadas no solo permanecem firmes. Esperasse que fiquem no lugar agora.

 

O segundo seguimento criado foi a "Trilha Interlagos". Uma passagem pela margem do grotão que escoa a água do lago de cima para o piscinão.

São 150 m de trilha estreita em declive aberta no facão com curvas que desviam barrancos e árvores, tudo feito com o maior cuidado de não causar dano  a vegetação e  e ao mesmo tempo dar segurança aos usuários.

 

Desde a rodovia a água da chuva corre morro abaixo por dentro da capoeira por 450 metros até a manilha, local mais que interessante para construir uma trilha ao som da água corrente. Esse foi o seguimento mais difícil para construir e seu nome tem história.

Era domingo a tarde, 18 de dezembro de 2016 e o Fabrício estava lá no mato, luva, bota, camelbak, facão em punho, só faltou o óculos de segurança, e esse fez falta. -"O galho estava enrolado no cipó, e foi só cortar pra levar uma chicotada bem dentro do olho esquerdo"- diz ele.

Dor intensa por 4 horas até ser atendido pelo oftalmologista que lavou e medicou e colocou um tampão por 3 dias. Desse episódio nasceu o nome da trilha.

"Trilha do Caolho". Levou dois meses pra ficar pronta e até hoje tem uma ou outra curva que merece uma nova enxadada.

 

O restante dos seguimentos nasceu na prancheta unindo os pontos até formar um circuito com a forma de uma borboleta, cujas asa leste e oeste somam 4,7 km de extensão e 130 metros de subida acumulada.

 

A bob cat da Sibrape Fundações foi gentilmente cedida para fazer o serviço bruto na remoção de terra na raspagem do pasto da subida do mirante e o leito para o Rock garden a para construção da "Jibóia" , uma sessão de 5 curvas em declive e alta velocidade.

 

A subida  "Luminosinha"  já era uma passagem onde as pessoas do bairro, mesmo não autorizados, usavam para virem se banhar no lago de baixo, agora rebatizado de Piscinão.

 

Essa é a uma breve história do nascimento do C3 que continua escrita a cada dia que uma nova pessoa vem ajudar ou algum tombo batiza alguma curva.

 

Enfim, uma história viva que se escreve todo dia.

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